Escarafunchando
uma papelada encontrei, numa pasta antiga cheia de lembranças, um envelope
verde garrafa. Foi endereçado a mim, há 37 anos, por uma de minhas irmãs
enquanto eu, seu irmão mais novo, servia o Exército na cavalaria em Brasília.
Eu estava lá há pouco mais de duas semanas quando ela escreveu aquela carta de
3 páginas contando as novidades, e no final, em vez de um P.S., anexou uma meia
folha onde desenhou como ela imaginava os cavalos lá do 1º Regimento de
Cavalaria de Guarda Dragões da Independência.
Óóóóiiiiinnnnnn!!! Que fofos! Não são uma gracinha?
Pois é... O problema é que a realidade era um pouquinho
diferente. Obriguei-me, então, a mostrar-lhe como as coisas realmente
aconteciam por lá. Não me perguntem como a resposta à carta de minha irmã está
comigo, eu não faço ideia. Mas o importante é que os fatos ficaram devidamente
esclarecidos. Ou não?
Prá facilitar as coisas, vou mostrar um por um. Por
favor, não reparem o estilo, o que realmente conta é a clareza da situação dos
récos – ou, os conscritos, como são chamados os viventes antes de se tornarem
soldados! – nas seis primeiras semanas de um período de treinamento puxado e
muito, muito dolorido!
Ô, saudade!