30 março 2018

O Universo em Meu Galpão

Universo, pampa infinito,
Onde rege bendito
O patrão, nosso pai.
Galpão de estância,
Querência que habito
E mateio contrito,
Lembrando da infância
Na tarde que cai.

Universo, morada sem fim
Que cabe, meio assim,
Inteiro, debaixo do teto.
Galpão de estância,
Abrigo seguro, coxim
Da estrela que brilha por mim
E pulsa, à distância,
Em meu coração inquieto.

Universo, fim e começo,
Olvido e endereço
Da vida original.
Galpão de estância,
Que palmeio e conheço,
Onde velo e adormeço,
É peleja e constância,
E morada final.