24 novembro 2010

Poeminha, um


As flores
abandonam as abelhas
e voltam aos jardins
Foto: Scott Linstead

15 novembro 2010

Ninguém Mexe no Meu Liguste!

O Ligustro é uma árvore perenifólia, que chega a 10 m de altura. Quando criança, eu a chamava de liguste e depois, mais crescido, legustre. Rústica, resistente a podas e intempéries, e de crescimento rápido. Um uso muito comum aqui em nossa região é como cerca viva, quando plantada em fileiras com as mudas próximas, e podada constantemente. Plantei uma destas árvores na calçada em frente de casa, e outras na calçada dos fundos, que dá para uma avenida, mas estas já foram derrubadas.

Fotos de Lages do final do século 19 e do início do século 20 mostram estas árvores (vide atualização abaixo) plantadas fora das calçadas, em torno de um metro dentro das ruas de chão batido, provavelmente para permitir o "estacionamento" das montarias. Aconteceu que cresci vendo estas árvores nas [infelizmente] poucas ruas arborizadas de nossa cidade, a maioria no centro. E de alguns anos para cá tenho observado uma campanha silenciosa de combate ao seu plantio acompanhada de uma gradual derrubada pela secretaria do Meio Ambiente, para substituição por outras espécies, nativas e de crescimento menos agressivo. A maior crítica ao ligustro é que as raízes da árvore adulta acabam destruindo calçadas e muros, o que, além do incômodo, encarece sua manutenção pois exige constantes cuidados e reparações em seu entorno. Outra crítica é que, ao que parece, a maioria das pessoas a considera uma árvore feia e que provoca muita sujeira, pois seus frutos dão em cachos com pequenas bolotinhas roxas que mancham as calçadas na época da maturação.

Apesar destes inconvenientes, a considero uma árvore muito bonita. Onde crescem livremente, como parques ou áreas amplas, elas se impõem pelo porte grandioso e a copa volumosa com sua folhagem perene. Mas reconheço que o meu caso é de amor antigo. Quando pequeno usava seus galhos para construir fundas, arcos e flechas, suas copas como esconderijo, as bolotinhas roxas como munição de zarabatana e as cercas vivas como cavernas. Aprendi a gostar delas.

Pois hoje, nem sete e meia da manhã – madrugada, pois – fui acordado ao som de uma motosserra. Era a vizinha do lado derrubando os dois ligustros da calçada em frente à sua casa. Assisti da janela do meu quarto com o coração apertado, e depois corri para bater a foto do 'meu liguste', ainda adolescente. Vai que alguém da secretaria do Meio Ambiente passa por aqui com uma motosserra debaixo do braço! Melhor não facilitar... Tô de olho!
Fotos: 1. Acervo do MTC
2. Colafina

AtualizaçãoHá uma outra foto no acervo do MTC mostrando a Rua Correia Pinto no inverno com estas árvores todas "peladas", indicando que aquelas árvores plantadas fora da calçada não são ligustros, e sim plátanos. Os ligustros foram plantados somente em meados da década de 40. Outra foto, datada de jul/45, mostra a Nereu Ramos com ligustros em torno de dois metro de altura, ainda com as estacas de proteção.  

14 novembro 2010

Uma Tirinha no Pedaço [dezesseis] – A Busca, 3º ato

FAGUNDES & ANACLETO
Clênio Souza, artista plástico, escultor, cartunista, poeta e desenhista, originalmente publicado em O Momento.

08 novembro 2010

Uma Tirinha no Pedaço [quinze] – A Busca, 2º ato

FAGUNDES & ANACLETO
Clênio Souza, artista plástico, escultor, cartunista, poeta e desenhista, originalmente publicado em O Momento.

02 novembro 2010

Uma Tirinha no Pedaço [quatorze] - A Busca, 1º ato

FAGUNDES & ANACLETO
Clênio Souza, artista plástico, escultor, cartunista, poeta e desenhista, originalmente publicado em O Momento.